Ao avaliar a nossa interferência enquanto pesquisadores sociais não estarão na preocupação com a natureza didática do trabalho com os grupos, mas sim na humanização dos problemas enfrentados por eles, na orientação de atitudes reflexivas e de participação, na ampliação de informações, conhecimentos, estabelecendo um espaço

 “onde os próprios setores populares desenvolvam (expressem, critiquem, enriqueçam, reformulem e valorizem) coletivamente seu conhecimento, suas formas de aprender e explicar os acontecimentos da vida social”. 

(Beatriz Costa)

Ao Transformarmos esta fronteira em poesia criamos uma substância mágica que nos permitirá transpor os universos sem barreiras ou estradas intermináveis. Utilizando os requintes de uma boa obra ao formato Berliner Ensemble de Bertold Brecht onde podemos:

TODOS… TEMOS UM SUL…. 

“Quando o amor sacode as correntes e nascem duas asas nas costas,Só naquela hora o homem poderá dizer que tem pátria”

(Carlos Castro Saavedra, poeta Colombiano)

O TEATRO É NOSSA PÁTRIA, UM ACORDO FRATERNO

Nesta maravilhosa aventura os gestores e co-criadores deste ato solidário, o Grupo Entrou Por Uma Porta, temos tomado em razão de fé que o teatro nos procura as visões de Quixote, que inspiram os seguintes conselhos:Assumir de forma permanente a Alegre Rebeldia do teatro… No território das utopias, que cada um do grupo tem gestado em sua vida, comunidade local e campo do mundo.Respaldar com a sublime SOLIDARIEDADE a cada uma das utopias e vidas que conformam este processo se reto-alimentam.Pensar entre todos os fazedores a comprometida inserção e inclusão do teatro na comunidade, com vistas a vivenciá-lo como uma sempre e nova experiência cultural.Promover a diversidade cultural e tornar consciente o valor de nossa interculturalidade.Deixar que a esperança irradie por todos os poros das memórias ancestrais e coletivas que constroem identidade.Tornar possível, desde o teatro, um cidadão educador em seus plenos direitos no território da arte, tecedores de escolas abertas que percorrem caminhos e sulcos do território americano semeando uma nova sociedade.Que somos negros, indígenas, mestiços e brancos, marcas da pele e da memória dos povos americanos, africanos e europeus que têm transmitido em suas linguagens simbólicas o sentido de realidade a esta proposta de realidade que nos cruzou com esperanças.E que diante de todas as ameaças, diremos juntos: “Pela alegria contra a morte”.E unidos na força que encarna o teatro como a pátria de todos, filhos de… Tespys, Aristóteles, William Sheakespeare, Constantin Stanislasvky, Jerzy Grotowsky, Augusto Boal, Osvaldo Dragún, Atahualpa del Cioppo, Enrique Buenaventura, Rudy Torga, Benjamin de Oliveira, Abdias do Nascimento e Mariozinho Telles fazemos um minuto de aplauso para nosso irmão e amigo Manoel Jorge Barbosa Luiz( nosso saudoso parceiro Nenem, falecido em 98), co-gestor deste sonho que nos dá abrigo hoje, aqui, num lugar comum a todos: o palco.Que somos e seguiremos sendo Quixotes carregados de utopias, de miradas ao sul da morada, ao nascente, ao lado fértil do amor… e que aplaudimos, celebramos e agradecemos a existência de nossos irmãos mais velhos do Teatro La Candelaria de Bogotá, Colômbia, CTO, Rio de Janeiro, Oficina, São Paulo, Assembleia Teatro, Torino Itália, Quinta Parede, Porto, Portugal, Pombas Urbanas, São Paulo, Tá Ná Rua, Rio de Janeiro, Dia a Dia, Rio de Janeiro, Teatro de Roda, Rio de Janeiro, Maracatú Leão Coroado, Olinda, Grupo Gatig, Rio de Janeiro, Teatro Elinga, Luanda, Angola, Arredaboi, Florianópolis, Boi Manço, Maranhão, Terreiro Santo Antonio dos Pobres. Grande mestres condutores e acompanhantes desta aventura coletiva. Mestres como Augusto Boal, Alcir Dias, Flavio Nascimento, Santiago García, César Badillo, Jorge Blandon, Mena Abranches, Dario Peralta, Gianni Bissaca, Manuella Thiamet, José Caldas, Maurice Yendt, Paschoal Carlos Magno (em especial por juntar-nos). E a todos que um dia deixaram sua energia de um dia aqui em nossas linhas o nosso reconhecimento especial de construção de todos.Que as fronteiras desta pátria grande não tenham lugar no território mágico de nosso teatro, que se encham de horizontes a cada amanhã e venham carregadas de utopias pintadas num belo céu de nuvens com bandeiras de esperança.

Após intermináveis discussões procuramos balizar o processo de trabalho e nossas relações. Surgem as 15 máximas de construção de projeto:

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